segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Filmagem de consultas para melhorar o desempenho do médico



“O conhecimento teórico é a base da prática clínica, mas não prediz o que o médico sabe realmente fazer e o que fará em sua rotina de trabalho”

“Ser um bom técnico não equivale automaticamente a ser um bom profissional.”

“Adquirir hábitos clínicos inteligentes é o patrimônio mais apreciado de todo profissional. Esse patrimônio somente pode ser mantido com uma luta constante contra a preguiça”.


As videogravações de consultas são um recurso utilizado para analisar o desempenho do profissional, com determinado objetivo, e representam o PADRÃO-OURO do ensino de comunicação, pois permite a visualização de aspectos de comunicação verbal e não verbal. Propiciam um método de aprendizado centrado no discente, que objetiva melhorar suas habilidades de comunicação, e não avaliar outros aspectos da consulta, como por exemplo diagnóstico e conduta.

As primeiras filmagens de entrevistas clínicas surgiram em Amsterdam, em 1954, com fins de pesquisa, e depois seu uso foi generalizado, sobretudo no Reino Unido, onde foi desenvolvida a metodologia de problem based interview (PBI, entrevista baseada em problema). Na Espanha a filmagem de consultas é OBRIGATÓRIA para os residentes do terceiro ano de Medicina de Família da maioria das unidades docentes do país. No Brasil, algumas escolas médicas já utilizam as videogravações na graduação e pós-graduação com fins de aprendizado, pois a observação das consultas permite aos alunos reverem suas atitudes e comportamentos, possibilitando a discussão de cada postura assumida, e sua relação com as emoções que surgem durante a consulta.

Nos estudos brasileiros que analisam a forma de conduzir as consultas médicas, descrevem-se deficiências semelhantes àquelas encontradas na literatura internacional, de que os alunos são pouco capacitados para obtenção de dados sociais e psicológicos nas entrevistas médicas. Nesse sentido a análise das consultas filmadas torna-se uma excelente ferramenta para o desenvolvimento dessas habilidades, e o relato dos participantes dessas sessões é de que elas mudam suas práticas por estimularem a capacidade de “ver-se atuar” nas consultas posteriores aos encontros, promovendo uma prática mais reflexiva e com a sensação de melhoria nas próprias habilidades de comunicação na relação clínica.

As filmagens devem ser realizadas com a câmera visível e autorização explícita dos protagonistas (paciente e médico), com o feedback devendo ocorrer de preferência o mais próximo possível do ato médico visualizado na gravação. O  Consenso de Zaragoza estabelece a necessidade de que a pessoa seja informada e assine um consentimento autorizando a filmagem da consulta.

Os vídeos devem ser guardados com muito cuidado por parte da instituição e do profissional que protagonizou a consulta, devendo ser destruídos após sua análise. Caso haja alguma cena adequada para a docência, tenta-se reproduzi-la através de atuação, para posteriormente ser discutida e analisada.

A logística da gravação também é importante, devendo-se escolher de preferência uma consulta mais ampla, com a sala sem ruídos e bem iluminada. Recomenda-se evitar a contraluz, e priorizar a visualização do profissional, pois esse será o objeto preferente da nossa atenção.

Existem duas grandes metodologias para comentar videogravações: o já mencionado PBI e o método de visualização global (MVG).

O MVG consiste em visualizar a totalidade ou a maior parte da entrevista para capturar as intenções e os propósitos dos protagonistas, as estratégias usadas para dar resposta às demandas da pessoa e o resultado final da entrevista. Esse método tem duas partes: o eixo emocional (analisando o tom emocional da entrevista através das características emocionais de superfície e as profundas, como a assertividade) e o eixo cognitivo-comportamental . Assim, o MVG é considerado um método de macroanálise, pois permite a análise da globalidade do encontro, permitindo que o protagonista desenvolva um sentido estratégico na condução da entrevista, percebendo a agenda do paciente desde o início da entrevista.

Já o PBI, por sua vez, é uma estratégia de microanálise da entrevista, em que seus detalhes são explorados, em que predomina o processo acima do conteúdo. No entanto, as duas metodologias podem ser usadas para analisar um mesmo vídeo, por exemplo, o PBI nos primeiros minutos da entrevista e depois visualiza-se o restante do vídeo com MVG.


Dessa maneira, as características do método PBI podem se resumir como:

1. É um método altamente centrado no discente, pois a consulta é analisada conforme a demanda da pessoa que traz o vídeo. Neste sentido, o grupo deve ajudar a pessoa a seu pedido, reforçando os aspectos positivos da interação e apontando soluções concretas aos pontos que o protagonista queira melhorar, convertendo-se em uma verdadeira sessão de feedback em grupo.

2. O controle da sessão recai sobre todos os participantes por igual, mas com a presença de um coordenador do grupo, e cedendo sempre a palavra em primeiro lugar à pessoa que traz a videogravação. Deste modo, qualquer um dos participantes pode pedir para interromper o vídeo diante de uma situação observada que chame atenção, fazendo com que se multipliquem os “olhos atentos” ao que está sucedendo, dificilmente passando despercebido. No entanto, a figura do coordenado deve ser a mais atuante neste sentido: deve estar atento ao grupo, não permitindo que passe muito tempo sem que façam intervenções (sempre e quando a análise seja desejável, o que não ocorreria se fosse decidido visualizar o vídeo todo de uma vez desde o princípio) e por outro lado assegurando que as interrupções ocorram conforme a demanda do protagonista do vídeo e não por interesses próprios da pessoa que pede para interromper o vídeo (o que é muito comum).


3.Trata-se de um modelo de aprendizagem altamente evocativo, pois permite a todos os participantes expressarem sua ideias e opiniões sobre a situação (sempre de uma maneira construtiva,e nesse sentido a figura do coordenador é nuclear para reconverter intervenções que possam denotar o contrário). Isso permite que, diante de um mesmo problema, surjam tantas possíveis soluções quantas intervenções sejam feitas, o que enriquece muito a análise (e de novo aqui é crucial a figura do coordenador coordenando as intervenções, assegurando-
se de possibilitar a todos que queiram participar façam-no, e resumindo depois para devolver ao grupo).

4. Deve-se falar exclusivamente de aspectos relacionados à comunicação. Desse modo, não são analisados a aspectos clínicos da interação, como a adequação do diagnóstico e tratamento ao caso. Analisamos sempre a RELAÇÃO clínica. E como é de se supor, as agendas mais presentes podem ser como gerir o tempo da consulta, como melhorar a intervenção para centrar-se mais no paciente, como dar uma má notícia, como interagir com o estudante ou o residente. Muitas vezes a agenda não está estabelecida de maneira totalmente definida, e então a pessoa que protagoniza o vídeo nos pede que observemos sua relação com o paciente e estejamos atentos a uma situação que tenha lhe parecido difícil mas que não sabe definir, e então o grupo lhe auxilia no exercício da prática reflexiva, o que nos permite melhorar continuamente.  



Referências:

1    Tratado de Medicina de Família e Comunidade: princípios, formação e prática. Org.: Gustavo Gusso, José Mauro Ceratti Lopes. Porto Alegre: Artmed, 2012. Vol I. Cap. 48. Utilização da filmagem de consultas para o aprendizado.








segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Afinal, o que é um “Médico de Família e Comunidade”? É o mesmo que “clínico geral” ou médico “de postinho”?







É comum as pessoas confundirem, ou mesmo definirem, o Médico de Família e Comunidade (MFC) como “um clínico geral” ou “clínico geral de crianças e adultos”, ou mesmo “médico de postinho”. No entanto, essas definições são simplistas e não traduzem verdadeiramente as competências de um médico de família e comunidade. Vou listar algumas razões.
  1-      O médico de Família e Comunidade é o profissional médico mais adequado para atuar na atenção primária à saúde: enquanto o clínico geral passa a maior parte da sua formação nos níveis secundário e terciário de atenção (clínicas especializadas e hospitais) o MFC, ao contrário, tem como principal cenário de aprendizado e atuação o nível primário da assistência, ou seja, é o especialista na atenção do primeiro contato (atenção primária é um termo mais adequado que atenção básica) do paciente com o sistema de saúde, ele guarda a porta de entrada no sistema, e é seu “gatekeeper” (“porteiro”). Para atuar como “porteiro”...
2-      ...O MFC deve ser um clínico qualificado, pois deve aprender a diagnosticar doenças em seus estágios iniciais e indiferenciados, ou caso o diagnóstico ainda não seja possível, deve desenvolver habilidades para lidar com a incerteza diante de algumas manifestações clínicas, regulando quais pessoas devem permanecer no nível primário de atenção e encaminhando os pacientes certos, no tempo certo, para o especialista certo. Encaminhamentos desnecessários, além de onerarem o sistema e prolongarem as filas de espera, ainda geram intervenções desnecessárias e...
3-      ... O MFC tem o dever de proteger seus pacientes de diagnósticos e tratamento desnecessários, potencialmente danosos, o que é conhecido como “prevenção quaternária”. Para isso, é muito importante a criação de vínculo com seus pacientes, o que pode ser garantido na atenção primária porque...
4-      ... O MFC acompanha seus pacientes de maneira longitudinal, ou seja, ao longo de um grande período de tempo, através das diversas fases da vida, pois o MFC tem sua medicina baseada em pessoas, famílias e comunidades, e sua prática não é voltada para determinadas faixas etárias, gênero, diagnóstico ou sistemas orgânicos.  Dessa maneira, mesmo que o paciente tenha problemas de saúde que devem ser acompanhados em outros níveis de atenção, o MFC nunca poderá “dar alta” a seus pacientes, pois...
5-      ... O MFC deve coordenar o cuidado prestado pelos especialistas focais. Isso significa que uma pessoa que seja acompanhada por três especialistas focais, por exemplo, deverá ainda assim permanecer vinculada ao seu MFC, porque é ele quem organiza o cuidado prestado por múltiplos especialistas com a visão generalista que possui. O MFC conhece a pessoa de maneira aprofundada, às vezes consulta todos os membros da família desse paciente, conhece sua comunidade e algumas vezes realiza consultas nas casas dos seus pacientes. Isso é um diferencial importante porque...
6-      ... O MFC deve ser capaz de fazer diagnósticos individuais, familiares e comunitários, e através desses diagnósticos, ser capaz de planejar intervenções sistêmicas. Essa competência do MFC é importantíssima porque muitas relações disfuncionais nos níveis familiar e comunitário podem influenciar o surgimento de doenças orgânicas (as psiquiátricas inclusas) e dificultar a adesão ao tratamento, por exemplo. Outros fatores também são capazes de interferir na gênese de doenças e dificultar o seu manejo e, para tanto...
7-      ... O MFC deve ter competência cultural. É a habilidade de entender e respeitar a pessoa, família e comunidade dentro dos seus hábitos, culturas, crenças, sempre levando em consideração que esses aspectos também se relacionam com os processos de adoecimento e tratamento e, por conseguinte, influenciam a sua prática médica, a ser norteada pelo...
8-      ... Método clínico centrado na pessoa. O MFC deve buscar não só diagnosticar a doença, mas também entender a pessoa que padece, suas crenças acerca do seu sintoma (que inclusive pode ser um diagnóstico ou não ter nenhuma explicação médica), as raízes do seu sofrimento, sejam conflitos familiares, traumas de infância, crenças religiosas, saber qual o significado do processo de adoecimento para a pessoa, o simbolismo dos seus sintomas e outros aspectos. Esse “mergulho nas profundezas do outro” exige do MFC mais uma ferramenta de trabalho, alcançada através de...
9-      ... treinamento de habilidades de Comunicação. Além de o MFC precisar ser um clínico qualificado, também deve ser um exímio comunicador. Deve aprender a “ler o outro” e a expressar-se através da linguagem verbal e não-verbal. Parte desse treinamento é conseguido através da filmagem de consultas (com o consentimento do paciente, obviamente), em que erros de comunicação podem ser melhor percebidos, além se verificar se a consulta foi bem estruturada e o gerenciamento do tempo está adequado. Aprender a gerenciar o tempo e conteúdo da consulta é mais uma competência que o MFC deve desenvolver, porque precisa permitir a todos os pacientes que necessitem, tenham acesso ao sistema de saúde, já que...
10-   ... o MFC é o médico responsável por uma população definida. Portanto, deve ser responsável por uma quantidade de pessoas que possibilite uma assistência adequada. Essa população pode ser definida tanto através de uma “lista” de pacientes cadastrados ou, idealmente, através de um território delimitado por aspectos sócio-demográficos, geográficos, históricos. Quando o MFC é o médico responsável por uma determinada comunidade, conhecendo intimamente boa parte de seus pacientes, o contexto familiar e comunitário...
11-   ... o MFC atua como um “advogado” das pessoas, famílias e comunidades sob sua responsabilidade, defendendo seus interesses, direitos e necessidades, já que entende a doença em toda sua integralidade (contexto biopsicossocial) e não apenas o padecimento de um órgão ou sistema específico (modelo biomédico), sem levar em conta o contexto da pessoa que adoece.

Dessa maneira, o médico de família e Comunidade não se resume a um “clínico geral” ou “médico de postinho”. O MFC é um médico de pessoas, famílias e comunidades; não é um médico que sabe “um pouco de tudo”, mas um médico que conhece profundamente as doenças mais frequentes na sua população, sabendo manejá-las com segurança e competência. O MFC nunca pode “dar alta a seus pacientes”, pois mesmo que seu paciente tenha uma doença que deve ser manejada pelo especialista focal, sua responsabilidade continua sendo cuidar da pessoa que adoece, em toda a sua integralidade.
O Médico de Família e Comunidade é o profissional médico mais adequado para trabalhar na atenção primária à saúde. A atenção primária, por sua vez, é o princípio fundamental de qualquer sistema de saúde efetivo.

Portanto, se queremos um sistema de saúde custo-efetivo, seja público ou privado, que atenda de maneira satisfatória à população, este deve basear-se no modelo da atenção primária à saúde e na atuação de Médicos de Família e Comunidade. As tentativas de manter ou inserir “pseudo- MFCs” na atenção primária, ou de investir em modelos que não priorizem o cuidado às pessoas nesse nível de atenção geram um ciclo vicioso de má assistência, insatisfação e custos elevados e, consequentemente, um sistema falido.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Vídeo: cantoplastia parte 2- curativo

Onicocriptose,ou a dolorosa "unha encravada", é uma queixa relativamente frequente em Atenção Primária à Saúde, dentre as afecções envolvendo os pés. Ocorre quando a porção lateral ou uma espícula da lâmina ungueal penetra o tecido mole das pregas laterais, causando lesão progressiva à medida que a unha cresce, causando desde dor, hiperemia e edema, até um quadro crônico com infecção, drenagem de secreção purulenta e hipertrofia dos tecidos adjacentes, com formação de tecido de granulação.

Conforme a gravidade do quadro, pode ser classificada em:
- Estágio 1(leve): queixa de dor no canto da unha, leve edema ou eritema.
- Estágio 2 (moderado): dor, edema, hiperemia e infecção.
- Estágio 3 (grave): hipertrofia dos tecidos moles, com formação de tecido de granulação.

O tratamento é conservador no estágio 1, e cirúrgico nos estágios 2 e 3, através da matricectomia química ou cantoplastia (cuja técnica será demonstrada em breve em outro vídeo).

No vídeo abaixo é mostrada uma sugestão de curativo a ser confeccionado após o procedimento.



No pós-operatório imediato deve-se:
- orientar o paciente quanto ao uso de calçados abertos;
- manter o pé elevado;
- orientar o paciente a cortar a unha formando ângulo de 90º com o eixo longitudinal do dedo, ou seja, reta, sem arredondar os cantos;
- evitar sapatos com bico apertado no antepé;
- uso de analgésicos ou antiinflamatórios não esteroidais se necessário;
- evitar uso rotineiro de antibióticos, mesmo no pré-operatório, pois não parece conferir nenhum benefício.

Referência bibliográfica: Medicina Ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. Bruce B. Duncan (org.) et al. 4 ed. Porto Alegre: Artmed,2013. Pág 1809- 1810.






quinta-feira, 22 de maio de 2014

13º Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade


A fanpage do 13º Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade que será realizado nos dias 08 a 12 de julho de 2015 em Natal, já está no ar. Marquem nas suas agendas, afinal vocês não vão perder, não é?
Vamos curtir para sabermos das novidades.
https://www.facebook.com/congressomedicinafamilia

sábado, 17 de maio de 2014

Alcoolismo e outras dependências químicas

Crédito da imagem: http://www.depquimicaesociedade.com.br/index.php/sobre/


O alcoolismo é um dos problemas de saúde mental mais comuns em Atenção Primária à Saúde, e não se baseia apenas em tratamento medicamentoso visando à desintoxicação. Requer abordagem preferencialmente multiprofissional, seguimento contínuo devido ao risco de recaídas, e postura adequada da equipe, sendo empática e acolhedora.
Um importante aspecto também é a entrevista motivacional, cujo peso é maior sobretudo em afecções crônicas, por gerarem maiores dificuldades de adesão ao tratamento.
Dentre muitos materiais disponíveis, sugerimos algumas fontes para estudo do tema.

O site https://www.informalcool.org.br/bebermenos disponibiliza recursos para pacientes e profissionais de saúde. Na versão para pacientes, há uma sessão dedicada ao dependente do álcool e outra para familiares e amigos compreenderem melhor o alcoólatra.

Já através deste link é possível acessar textos técnicos, outros sites tratando do tema e vídeo-aulas abordando desde os mecanismos neurobiológicos e sociais implicados na dependência alcoólica e de outras substâncias, passando pela entrevista motivacional e tratamento.

Também neste link é possível ter acesso a materiais abordando os diversos aspectos da dependência química, com destaque para o tabagismo (aqui)  e alcoolismo (aqui), além do portal do Instituto Nacional do câncer (aqui).

E você, conhece mais algum material sobre este tema pra compartilhar conosco? 

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Palestra- Nulvio Lermen Júnior



Convidamos a todos os estudantes de Medicina, Médicos do Rio Grande do Norte, e demais interessados em Atenção Primária à Saúde, a prestigiarem a palestra do atual presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, o médico Núlvio Lermen Júnior, sobre um tema de suma importância para todos: onde estamos e aonde queremos chegar na nossa Medicina de primeiro contato no Brasil. Florianópolis e Rio de Janeiro são dois grandes exemplos bem sucedidos de investimento em APS, e consequentemente melhora da assistência à saúde da população.

Vale a pena participar desse importante encontro, que marca o início das atividades da APOMFC em 2014, em especial os preparativos para o Congresso Brasileiro de MFC a realizar-se em Natal no próximo ano.

Contamos com sua presença!

domingo, 11 de maio de 2014

A arte da consulta médica





O Médico de Família e Comunidade, ao longo da sua formação na residência, deve desenvolver uma série de habilidades e competências necessárias para melhorar a relação médico- paciente; deve ser um médico resolutivo, constantemente atualizado nas mais diversas áreas da Medicina, e também ser um bom comunicador. Caso contrário, do que adianta um médico excepcional do ponto de vista técnico, se não souber criar vínculos com seus pacientes, aumentar a adesão ao tratamento, abordar as crenças da pessoa, seus medos, conflitos, ou se não souber motivá-lo para uma mudança necessária?

Há diversas publicações abordando esse tema, que em breve entrará no cronograma oficial de estudos dos residentes de MFC da UFRN. Um dos livros indicados para quem se interessar pelo tema é "A consulta em 7 passos", disponível através do site da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar:

http://www.apmgf.pt/index.php?section=publications&action=details&id=23